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      SARACURA-TRÊS-POTES

      14 Mai 2021

      Saracura-três-potes
      Aramides cajaneus
      Gray-necked Wood-Rail
      A saracura-três-potes (Aramides cajaneus) é uma ave da família Rallidae.
      Também é conhecida por saracura-do-brejo, sericoia, sericora e três-potes. Em geral, é mais escutada do que vista. Vive no chão de áreas alagadas com vegetação densa, manguezais, margens de rios e lagoas. Seu canto dá origem aos seus três nomes comuns mais frequentes. Escutado no clarear do dia e no escurecer, pode, no entanto, ser ouvido no meio do dia ou à noite. O canto, muito grave e alto, é um dueto entre os membros de um par e, às vezes, em coro com vizinhos. Conforme a região do país, o sotaque local produz cada um dos nomes comuns. As saracuras em geral eram chamadas pelos colonos italianos de beccaccia (se lê becatcha), devido ao seu jeito desengonçado ao levantar voo, à semelhança da galinhola europeia (Scolopax rusticola).
      Seu nome científico significa: do (grego) aramos = um tipo de garça mencionado por Hesinquio; e -öides = semelhante; e de cajaneus, cajanea = referente a região de Caiena na Guiana. ⇒ (Ave) de Caiena semelhante a uma garça. “Poule d'eau de Cayenne “de d'Aubenton (1765-1781) (Aramides).
      Mede entre 33 e 40 centímetros de comprimento e pesa entre 350 e 466 gramas.
      Habitante de mata, camuflada pela cor e pelo padrão da plumagem, possui o dorso castanho-esverdeado, único membro do gênero Aramides com a cabeça e o pescoço de coloração cinza, garganta esbranquiçada. Dorso e asas marrom oliváceos. Os calções são acinzentados. O peito é castanho-ferruginoso, o uropígio e a cauda são escuros e apresenta um forte barrado sob as asas que é visto quando a ave levanta voo. O bico apresenta a porção basal de coloração amarelada e a porção distal esverdeada. As pernas e pés são vermelhos, sendo o tarso mais comprido do que o dedo médio. Os olhos apresentam anel periocular de coloração vermelha e íris também vermelha.
      ESPÉCIE SEM DIMORFISMO SEXUAL
      É onívora, alimentando-se de capim, sementes, frutas, larvas de insetos, pequenas cobras d'água, pequenos peixes e crustáceos, sempre apanhados no chão, entre as folhas da mata ou do brejo, bem como na água rasa. Também, quando residente em manguezais, pode se alimentar de pequenos crustáceos enfiando seu bico na toca dos mesmos com muita rapidez e eficácia.
      Constrói seu ninho no meio do junco, rodeado por água ou nas margens dos córregos, em meio a vegetação densa. A postura é de 4 ovos brancos com manchas marrons. Os filhotes são negros com a cabeça avermelhada.
      Pode ser observada nas margens dos corixos, nas praias e nas beiras das estradas. Logo que percebe algo estranho, mete-se na vegetação fechada próxima. Embora possa voar bem, usa as pernas como principal forma de escape. Quando espantada, seu voo é curto, desajeitado e com as pernas pendentes.
      Vista em locais abertos, parece com uma galinha, por manter sua cauda levantada entre as asas e pelas típicas passadas. Cisca a terra e folhas com o bico, ressaltando a semelhança visual. De vez em quando, baixa e levanta a cauda rapidamente, um tique que serve para o contato visual entre os membros do par. Em geral, vive solitária ou em casais.
      Pequena e desajeitada, a saracura passa o dia escondida em silêncio, mas nas horas do alvorecer e do fim da tarde, ouve-se seu canto, que diz claramente “três-potes - um coco - um coco”, e que, segundo a crença popular, é prenúncio de chuva. Macho e fêmea cantam em dueto, cada um emitindo uma parte do canto.
      Seu canto ouvido nos momentos crepusculares dá um certo ar de mistério, por ser um som diferente pra quem não conhece a espécie.
      Geralmente canta quando começa a chover forte.
      Responde imediatamente a qualquer reprodução de seu canto, seja uma outra ave ou playback.
      O canto é bem alto ( apesar de grave ) e varia muito de acordo com a região, principalmente no ritmo, no timbre e no compasso.
      Quando o canto ocorre de maneira natural, isto é, sem o uso do playback ou invasores em seu território, cantam de maneira mais melodiosa e seu canto dura cerca de 2 ou 3 minutos. Mas se a ave é incomodada em seu território por algum playback da espécie, canta de forma mais dura e agressiva e pode cantar por até 10 minutos sem parar.
      No Brasil existem duas subespécies de saracuras três-potes, encontradas em todos os Estados, tanto no litoral como no interior. WIKIAVES 2021. Disponível em: http://www.wikiaves.com.br/wik... Acesso em: 28 de abr. de 2021.

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        Localização  Miranda - MS
        -20.235958, -56.3751037
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