A cigarra-do-campo é uma ave Passeriforme da família Thraupidae.
Também conhecida como tiê-do-cerrado e sanhaço-do-cerrado.
Seu nome científico significa: do (grego) neos = novo; e thraupis = pequeno pássaro desconhecido, algum tipo de tentilhão. Em ornitologia Thraupis significa sanhaçu. e do (latim) fasciata, fasciatus, fascia = com faixa, com banda, faixa, banda. ⇒ Novo sanhaçu com faixa.
Mede 16 cm de comprimento. Ao contrário da maioria das espécies da família Thraupidae, esse tiê é característico do Cerrado. Fácil de identificar pela máscara escura ao redor dos olhos e a garganta branca, a coloração é mais viva no macho do que na fêmea, especialmente, a máscara: negra no macho e cinza-escura na fêmea.
Nidifica em outubro e novembro, fazendo um ninho em forma de taça, chocando 3 ovos em média. Nos cuidados com a prole, o casal pode receber auxílio de indivíduos juvenis nascidos no ano anterior.
Espécie endêmica do Bioma Cerrado, vive aos pares ou em grupos de três à sete indivíduos nos cerrados, cerradões e campos limpos. Chega a ocupar áreas alteradas de cerrado próximo à áreas urbanas. Um membro do grupo atua como sentinela, pousado em um galho exposto, enquanto os outros membros se alimentam no solo. Frequentemente estão juntos a outras espécies de aves, que podem se beneficiar de seu comportamento de sentinela. Comunicam-se por meio de chamados curtos “tsipé-tsipá”. Esse chamado é semelhante ao do graveteiro, mais alto e mais longo que nesse último. O macho só canta durante a época de reprodução e defende seu território agressivamente contra intrusos.
Presente no Brasil nos estados do Amapá, Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Ceará, Distrito Federal, Maranhão, Piauí, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul. Também ocorre na Bolívia e Paraguai.