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      Beija-flor-tesoura

      12 Ago 2018

      O beija-flor-tesoura ( Eupetomena macroura ) é talvez o integrante mais famoso desse grupo, ao menos no Brasil não amazônico, provavelmente pela sua abundância em locais urbanizados, pela beleza de sua coloração, pela tesoura facilmente reconhecível e principalmente pelos seu comportamento abusado, pois é um dos maiores e mais briguentos beija-flores. É também conhecido como beija-flor-rabo-de-tesoura e tesourão.

      Assim como outros beija-flores, alimenta-se basicamente de néctar de flores, mas também caça pequenos insetos com grande habilidade em voos curtos. Tem um papel importante na polinização de muitas plantas.

      Na época do acasalamento, o macho faz a corte pairando em pleno voo em frente da fêmea empoleirada. Depois, macho e fêmea realizam voos de zigue-zague, ocorrendo voos rasantes do macho sobre a fêmea. O macho separa-se da fêmea imediatamente após a cópula. Um macho pode acasalar com várias fêmeas e, com grande probabilidade, a fêmea também vai acasalar com vários machos. A fêmea é a responsável pela escolha do local e pela construção do ninho. O ninho, em forma de tigela, é assentado em um ramo mais ou menos horizontal ou numa forquilha de arbusto ou árvore, a cerca de 2 a 3 metros do solo. O material utilizado na construção é composto por fibras vegetais macias, incluindo painas. Fragmentos de folhas, musgos e líquens são aderidos extremamente com teias de aranha. Põe de dois a três ovos brancos e alongados nos meses de janeiro e fevereiro. Somente a fêmea incuba os ovos e os filhotes nascem após 15 a 16 dias e são alimentados pela fêmea principalmente com insetos, enquanto o macho defende seu território e as flores com que se alimenta. Os filhotes deixam o ninho com 22 a 24 dias.

      É frequentemente o beija-flor mais comum do Brasil centro-oriental. Vive em áreas semiabertas, bordas de florestas, capoeiras, parques e jardins, sendo comum até em grandes metrópoles. Não costuma ter medo do ser humano, aproximando-se das pessoas para se alimentar nas garrafas com água e açúcar ou nas flores de seus jardins. É territorialista e extremamente agressivo, principalmente na época da reprodução, quando é capaz de atacar outros pássaros muito maiores e pequenos mamíferos. Em algumas épocas do ano, quando há menos disponibilidade de néctar, adota uma única árvore, que pode ser um mulungu ou um ipê, como a sede de seu território e a defende ferozmente contra qualquer outra ave, principalmente contra outros beija-flores e contra a cambacica. Ocorrem lutas ritualísticas intraespecíficas em voo em defesa do território.

      R ( Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos ). Ocorre das Guiana à Bolívia e Paraguai, todo o Brasil, exceto certas regiões da Amazônia.

      Ssp. macroura: Guianas e norte, centro e sudeste do Brasil (Amapá, Pará, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Paraná) até o Paraguai.
      Ssp. boliviana: Nordeste da Bolívia ( Beni ).
      Ssp. cyanoviridis: Sudeste do Brasil na Serra do Mar, São Paulo.
      Ssp. hirundo: Leste do Peru ( Huiro ).
      Ssp. Simoni: Nordeste do Brasil (sul do Maranhão, Piauí, Ceará, Pernambuco e Bahia) até o centro de Goiás e Minas Gerais.

      Link do vídeo: https://youtu.be/nXi4sBsTznQ

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        Localização  Brasília-DF
        -15.744916363222586, -47.88413990583496
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