A curicaca (Theristicus caudatus) é uma ave da ordem dos Pelecaniformes da família Threskiornithidae.
Seu nome popular é onomatopaico, semelhante ao som do seu canto, composto de gritos fortes. Conhecida também como despertador (Pantanal), carucaca, curicaca-comum, curicaca-branca, curicaca-de-pescoço-branco e caricaca (algumas cidades de Minas Gerais).
Alimenta-se durante o dia e também ao pôr-do-sol. Tem alimentação variada, composta por artrópodes, como centopeias, aranhas, insetos adultos e larvas, entre outros invertebrados, podendo predar ainda pequenos lagartos, ratos, caramujos, anfíbios e pequenas serpentes, e até mesmo aves menores. Seu bico, longo e curvo, é adaptado para extrair larvas de besouros e outros insetos da terra fofa. É um dos poucos predadores que não se incomodam com as toxinas liberadas pelo sapo (Bufo granulosus), por isso este anfíbio pode fazer parte de sua dieta.
Costuma pôr de dois a quatro ovos, em ninhos de gravetos nas árvores ou mesmo grandes rochas nos campos. Os ninhos formam colônias numerosas durante o período de reprodução. Habita campos secos, alagados e pastagens.
Vive geralmente em bandos pequenos ou solitária, procurando alimento em campos de gramíneas ou em alagados. É diurna e crepuscular. Anda em pequenos grupos, que à noite se empoleiram nas árvores. Gosta de planar a grandes alturas.
Presente em grande parte do Brasil onde haja vegetação aberta e lagoas, campos em solos pantanosos ou periodicamente alagados, como na Ilha de Marajó (Pará), Pantanal e Ceará. Encontrada também no Paraguai, norte de Argentina, norte de Uruguai e parte da Bolívia. No sul de América do Sul é presente outra sp. que não ocorre no Brasil. T. melanopis ocorre no sul da Argentina e Chile.
Link do vídeo: https://youtu.be/F4nGd8OWjmg