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      Hemidactylus mabouia - Lagartixa-Doméstica-Tropical / Tropical House Gecko (Moreau de Jonnès, 1818)

      05 Mai 2018

      Reptilia: Squamata: Sauria: Gekkota: Gekkonidae: Gekkoninae

      Hemidactylus mabouia pertence à classe Reptilia, ordem Squamata, subordem Sauria, infraordem Gekkota, família Gekkonidae e subfamília Gekkoninae. Desconheço a qual tribo pertencem ou sequer se estão alocados em alguma. Pelo que vi, é um domínio que sofre constantes mudanças, e não possuo certeza se Hemidactylus está fixamente estabelecido em alguma tribo no momento.

      A etimologia da nomenclatura do gênero é baseada nas lamelas divididas nos dedos das pernas dianteiras e posteriores, onde "Hemi" significa "metade", e "dactylos" (Grego) refere-se às lamelas debaixo dos dedos.

      Podem medir até 12,7cm e geralmente pesam cerca de 4,6g-5g. Os olhos de Hemidactylus mabouia são adaptados às horas noturnas. Seus grandes olhos fornecem uma maneira de detectar presas em ambientes pouco iluminados. Mais adaptações incluem um mecanismo de camuflagem onde o Hemidactylus mabouia pode, lentamente, modificar sua coloração de um cinza (quase branco) para um marrom-claro, para um marrom-escuro. Predam muitos insetos terrestres e aéreos que surgem durante a noite e aprenderam a esperar perto de fontes de luz para capturar presas atraídas pela iluminação. Podem se alimentar de uma grande variedade de criaturas, incluindo Aracnídeos (incluindo escorpiões), Blattódeos, Lepidópteros, Isópodes, Coleópteros, Myriápodes, Orthópteros, outras lagartixas e assim por diante; menção especial aos Blattódeos e Orthópteros. São naturais da África mas foram acidentalmente introduzidos em quase toda a América.

      Se adaptam com muita facilidade, e se estabeleceram em muitos lugares, incluindo o Brasil, onde são predominantemente encontrados em habitats urbanos e suburbanos. Também podem ser encontrados na floresta Amazônica, floresta Atlântica, áreas de vegetação de savana no Brasil Central (Cerrado), habitats semi-áridos (como a Caatinga), habitats costais de dunas (como as Restingas) e em algumas ilhas distantes da costa Brasileira. Sua fácil adaptação permitiu que os Hemidactylus mabouia saíssem do meio antrópico, onde estavam geralmente restritos, para uma variedade maior de áreas.

      São magros com uma cabeça chata que é mais ampla que o pescoço. Seu corpo é, em grande parte, coberto por listras pretas ou marrons mas podem mudar sua coloração baseados na temperatura e luz. Possuem escamas dorsais. As superfícies dos dedos possuem lamelas, pequenas escamas espinhosas que ajudam a espécie a se prenderem à superfícies.

      Os ovos são pequenos, brancos e calcificados, prevenindo a perda de água. Os ovos são moles e pegajosos, permitindo que sejam depositados em superfícies de difícil alcance para predadores. Os jovens geralmente ficam juntos em terras baixas e em fendas. Gamble (2010) afirma que é cogitado que os Hemidactylus mabouia possuem uma determinação de sexo dependente de temperatura devido a falta de cromossomos sexuais que são heteromórficos. As fêmeas podem armazenar esperma.

      Podem vocalizar. Os machos gecam e usam feromônios para atrair as fêmeas. Quando aproximado por uma fêmea, o macho irá arquear suas costas e estalar sua língua. As fêmeas irão demonstrar receptividade ao chamado dos machos se interessadas. Dois ovos são normalmente produzidos com um período de incubação que dura entre 22 e 68 dias, com uma média de 56 dias. Os machos não fornecem cuidado paternal. As fêmeas balançam o rabo mais que os machos.

      São arbóreos e relativamente sedentários. Os machos se comunicam gecando em uma variedade de frequências, algumas que são específicas para brigas entre eles. Outros métodos de comunicação incluem sinais químicos ou feromônios, que podem ser usados para demarcar território, sinalizar dominância ou para atrair as fêmeas.

      São predados por muitos animais, incluindo pássaros, cobras, cachorros, gatos e aranhas. Técnicas anti-predação incluem a vibração do rabo para distrair o predador, atraindo sua atenção para o mesmo. Eles podem autotomizar o rabo para escapar de perigo; eventualmente, este se regenera.

      Muitos Cestódeos, Protozoários, Acanthocéfalos, Nemátodos e Pentastomídeos são parasitas de Hemidactylus mabouia. É sabido que o ácaro Geckobia tasmani também pode parasitar Hemidactylus mabouia.

      No Brasil, são erroneamente denominadas "víboras" por algumas pessoas devido a crença de que são venenosas - elas não possuem veneno nem são tóxicas para a ingestão.

      Fontes nos comentários.

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