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      Lissachatina fulica (ex: Achatina fulica) - Caracol-Gigante-Africano / Giant African Snail (Férussac, 1821)

      11 Abr 2018

      Gastropoda: Orthogastropoda: Heterobranchia: Pulmonata: Stylommatophora: Sigmurethra: Achatinoidea: Achatinidae: Achatininae

      Lissachatina fulica, anteriormente conhecido por Achatina fulica, é uma espécie de caracóis pertencentes à classe Gastropoda, subclasse Orthogastropoda, superordem Heterobranchia, ordem Pulmonata, subordem Stylommatophora, subinfraordem Sigmurethra, superfamília Achatinoidea, família Achatinidae e subfamília Achatininae. Esta taxonomia foi confusa e necessita de confirmação; algumas divisões foram saltadas para resumir.

      Há quatro subespécies nesta espécie:

      Lissachatina fulica hamillei (Petit, 1859)
      Lissachatina fulica rodatzi (Dunker, 1852)
      Lissachatina fulica sinistrosa (Grateloup, 1840)
      Lissachatina fulica umbilicata (Nevill, 1879)

      Lissachatina fulica é um grande caracol nativo do Leste da África. Possuem ampla dieta, podendo se alimentar de matéria vegetal em decomposição, frutas, vegetais vivos, solo rico, pequenas pedras, ossos e até mesmo concreto. O Lissachatina fulica precisa de muito cálcio (Ca, número atômico 20) para manter sua concha saudável. Deficiência em cálcio faz com que a concha rache ou / e fique muito mole, eventualmente fazendo com que o caracol coma sua própria concha, levando-o à morte, ou fazendo com que ele se alimente da concha de outros caracóis, danificando-os. Essa condição é muita séria para a saúde do caracol e pode causar sua morte. Mais abaixo fornecerei uma lista de alimentos permitidos e uma dieta rica em cálcio que é excepcional à saúde da concha do caracol.

      São hermafroditas. Também podem se auto-fertilizar, mas esses casos são considerados raros. Um caroço (normalmente confundido com um tumor) se forma do lado direito da cabeça quando o caracol amadurece; isso, na realidade, é a genitália do caracol que usam para acasalarem bilateralmente. Caracóis de diferentes tamanhos comumente acasalam unilateralmente, o maior atuando como a fêmea. A transferência de gametas pode durar até duas horas e o cortejo envolve acariciação da cabeça e partes frontais uns dos outros. O esperma transferido pode ser armazenado por até dois anos e cerca de 200 ovos podem ser produzidos. A fase adulta é atingida após cerca de 6 meses, mas só param de crescer quando morrem. O crescimento fica atenuado ao atingirem a fase adulta. Eles podem viver até 10 anos, com uma média de 5 ou 6 em cativeiro; na natureza, a expectativa é normalmente reduzida pela metade. Preferem ficar escondidos debaixo da terra durante o dia e sair durante a noite para se alimentarem.

      São hospedeiros de alguns parasitas, que incluem:

      1 - Aelurostrongylus abstrusus, que causa estrongilose cardiopulmonar em gatos, também conhecida por elurostrongilose. Diagnóstico feito pela comprovação e identificação microscópica de larvas em exame parasitológico de fezes.

      2 - Angiostrongylus cantonensis, que causa meningite eosinofílica, também conhecida por angiostrongilíase cerebral ou angiostrongilíase meningoencefálica, detectável através de punção lombar, exames de sangue de hemograma completo e proteína C-reativa, bem como as culturas de sangue.

      3 - Angiostrongylus costaricensis, causador de angiostrongilíase abdominal. Não detectável por exame de fezes, de difícil diagnóstico. Um demarcador desta patologia é a eosinofilia no hemograma completo, ou seja, um excesso de eosinófilos. O parasita localiza-se nas arteríolas da artéria mesentérica da região íleo-cecal, quadrante inferior direito do abdome, causando dores e simulando apendicite, ou nas artérias espermáticas. Não aparece em exames de ultra-sonografia ou tomografia computadorizada com contraste intravenoso. O diagnóstico pode ser feito através da colonoscopia com biópsia do tecido afetado (desconheço as chances de falhar), ou através da laparatomia com excisão da parte do intestino afetada seguida de anastomose. A biópsia comprovará a patologia se o paciente a possuir.

      4 - Schistosoma mansoni, causador da esquistossomose. A presença de eosinofilia no sangue (aumento na produção de eosinófilos) e a condução de um exame parasitológico de fezes com coproscopia qualitativa (tal como Hoffman ou quantitativo, como Kato-Katz) poderão detectar a patologia. O hemograma também demonstra leucopenia, anemia e plaquetopenia, tal como aumento de TGO, TGP e fosfatase alcalina. A ultra-sonografia pode fazer o diagnóstico, sendo patognomônico a fibrose e espessamento periportal, hipertrofia do lobo hepático esquerdo e aumento do calibre da artéria mesentérica superior. Biópsia reatal pode também ser usada.

      5 - Trichuris spp., detectável através das fezes e causador de tricuríase.

      6 - Hymenolepis spp., detectável através das fezes e causador de himenolepíase.

      7 - Strongyloides spp., detectável através das fezes e em secreções das mucosas, causador da estrongiloidíase.

      Alimentos excepcionais para a saúde de Lissachatina fulica podem incluir: maçã, damasco, kiwi, manga, melão, nectarina, laranja, figo da Índia, pêssego, pêra, amora, framboesa, folhas de pé de tomate, espinafre, repolho, brócolis, pepino, alface, feijões verdes, cogumelos (não todos, então, não recomendo), ervilhas, bagas, batata, milho doce, nabo, folhas de Taraxacum sp. (não recomendado dado o uso de pesticidas), aveia, ovos crus, casca de ovo triturada, osso de choco, pão integral e couve-manteiga.

      Uma excepcional dieta primária para fortalecer a concha inclui cascas de ovos extremamente trituradas (até as partículas parecerem com grãos de areia) e couve-manteiga livre de agroquímicos. Mais alimentos livres de agroquímicos podem ser oferecidos ocasionalmente. Preferem habitar solos ricos e úmidos e preferem habitats úmidos. Água contendo cloro (Cl, número atômico 17) pode causar danos à expectativa de vida do caracol, então para a saúde do caracol, água livre de cloro é recomendada.

      Tamanho: Cerca de 7cm de altura e 20cm ou mais em comprimento nos adultos.

      De alta capacidade de adaptação à uma ampla variedade de habitats. São nativos do Leste da África, mas se adaptaram à outras condições após serem introduzidos de forma irresponsável. Estabeleceram-se na maioria das regiões temperadas e seus habitats, agora, incluem os trópicos úmidos. O Lissachatina fulica pode ser encontrado em áreas agriculturais, costas, florestas naturais, florestas implementadas, ribeirinhos, áreas de matagal, áreas urbanas e áreas pantanosas.

      Fonte nos comentários.

      O indivíduo do meio parece ser outro caracol e não um Lissachatina fulica, então este texto poderá sofrer modificações no futuro.

      Revisão do texto por Fernanda Barcellos de Moura Leonel (link do perfil no Facebook nos comentários)

      Data: 4 de Março, 2018 às 13:00:04
      Local: Ceará, Fortaleza (Lat: -3.75, Long: -38.51, 16º andar)

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        Localização  Brasil, Ceará, Fortaleza
        -3.7319029, -38.52673930000003
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